por Victor Abreu
(via Jantar das Quartas)
Na sequência do brutal assassínio de uma mulher em Roma por um imigrante ilegal romeno, a Itália começou a deportar clandestinos vindos da Roménia que se aglomeram em bairros da lata improvisados em várias cidades. As expulsões não estão confinadas a Roma, havendo também notícia da destruição de aglomerados semelhantes e da expulsão de ilegais romenos em Florença, Génova, Turim, Bolonha e Milão. O governo italiano aprovou legislação de emergência que permite a deportação expedita de imigrantes com cadastro. O primeiro-ministro italiano, o socialista Romano Prodi, sublinhou a necessidade e a pertinência de tais medidas. Entretanto, a opinião pública italiana ficou siderada quando o chefe da polícia romena, Georghe Popa, declarou a um jornal: “Desde que a Roménia entrou na União Europeia, os roubos, a violência e os roubos por esticão diminuíram 26 por cento”. Ou seja, a absurda abertura da UE a Leste parece ter tido como principal consequência a “exportação” do crime para Ocidente. Grande parte dos media europeus têm feito o seu melhor para ignorar ou minimizar as deportações dos ilegais romenos em Itália, talvez pelo facto de Prodi ser um homem de esquerda. Se Silvio Berlusconi ainda estivesse no poder e estas medidas tivessem sido tomadas sob a sua tutela, os uivos de protesto e as acusações de “racismo” e de “xenofobia” ter-se-iam ouvido nos Urais, e a cobertura mediática teria sido bem diferente. Mas o verdadeiro teste será quando, além dos romenos, dos ciganos e outros indesejáveis de Leste, começarem também a ser apanhados por esta nova legislação os imigrantes ilegais africanos envolvidos no crime organizado, envolvendo a falsificação de documentos, o tráfico de droga ou os roubos e a violência de gangs. E em Portugal, será que só se vai começar a reagir como em Itália quando for tarde demais? Ou mesmo nunca?
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