quarta-feira, 13 de junho de 2007

Nacional-anarquismo


achei este artigo da wikipedia interessante



O Nacional-Anarquismo é uma ideologia que combina o anarquismo com o nacionalismo, as suas raízes intelectuais residem na Terceira Via, uma corrente política definida como estando além da Esquerda e da Direita, e no Eco-Anarquismo. Esta corrente política, como tal, foi cunhada por Troy Southgate em Inglaterra e alastrou para vertentes mais ou menos semelhantes que, não obstante, utilizam o mesmo nome. Outros ideólogos desta corrente política: Peter Töpfer (Alemanha), Hans Cany (França), Keith Preston (Estados Unidos da América) e Welf Herfurth (Austrália).

Os Nacional-Anarquistas vislumbram as hierarquias inerentes ao Estado e ao capitalismo como sendo opressivas e advogam uma acção colectiva (autónoma) nas linhas da identidade nacional. Citam Mikhail Bakunin, Piotr Kropotkin, Pierre-Joseph Proudhon, Leão Tolstoy, Gramsci, Bob Black e John Zerzan, entre muitas outras influências, o que é um tanto quanto confuso, pois a maioria destas ditas influências era contra as fronteiras nacionais e defendiam o internacionalismo proletário. Os críticos do Nacional-Anarquismo acusam os defensores desta ideologia de racismo encoberto, embora alguns dos seus elementos, como Peter Töpfer ou Troy Southgate, se assumam publicamente, ou tenham mesmo um historial, de activismo anti-fascista.

Preceitos principais

Descentralização

O Nacional-Anarquismo partilha com praticamente todas as vertentes do anarquismo o desejo de reorganização das relações humanas realçando a substituição das estruturas hierárquicas do Estado e do capitalismo por estruturas locais, autónomas, na qual as decisões sejam tomadas comunitariamente.

Distributismo

O Nacional-Anarquismo tende a advogar uma prática económica que pode ser facilmente descrita como uma variedade de distributismo, em que se realçam a propriedade dos meios de produção pelos operários bem como as cooperativas de trabalhadores e o pequeno comércio.

Separatismo racial

Alguns proponentes do Nacional-Anarquismo, contudo não todos, afirmam apoiar o separatismo racial voluntário mas condenam o ódio racial e o supremacismo branco. Contudo, boa parte dos Nacional-Anarquistas acredita que o multiculturalismo exacerbado não é benéfico, uma vez que misturando demasiado as culturas isto destruirá as culturas existentes. Alguns críticos do Nacional-Anarquismo defendem que esta crença implica o ódio racial. Pelo seu lado os Nacional-Anarquistas afirmam que não é uma questão de ódio e que o separatismo racial que defendem poderá mesmo acabar com o ódio racial uma vez que permite que as culturas indígenas e a biodiversidade evoluam.

Relações com outros movimentos

A maior parte dos anarquistas modernos rejeitam o conceito de segregação racial dos Nacional-Anarquistas como sendo hierárquico ou não igualitário. Por conseqüência distanciam-se daquilo que julgam ser um movimento supremacista branco em potencial. Os Nacional-Anarquistas, por sua vez, distanciam-se tanto dos anarquistas normais como dos supremacistas brancos, considerando ambos os conceitos como ultrapassados e dogmáticos.

O Nacional-Anarquismo rejeita também o fascismo tradicional uma vez que é meramente uma outra forma de estatismo. Mesmo assim tem sido utilizado, por terceiros, o termo pós-fascista para descrever as suas crenças, devido às suas raízes intelectuais parcialmente oriundas da Terceira Via, uma ideologia considerada normalmente como neo-fascista.


1 comentário:

FTT / MST disse...

Povo atrasado no debate
Nacional Anarquismo já existe:
http://nucleos-fasp.blogspot.com.br/2012/08/nacional-anarquismo-dois-caminhos-um.html