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«Não só teoricamente, como também historicamente, liberalismo e individualismo encontram-se na origem das múltiplas formas encadeadas da subversão moderna. A pessoa que se converte em indivíduo, ao deixar de ter um significado orgânico e ao desconhecer qualquer princípio de autoridade, não é mais que um número, uma unidade de rebanho, e a sua usurpação é em si uma fatal limitação colectivista. É assim que do liberalismo se passa à democracia, e da democracia a formas socialistas que tendem cada vez mais para o colectivismo. A historiografia marxista desde há muito tempo que viu com exactidão este encadeamento: reconheceu que a revolução liberal, ou do Terceiro Estado, teve a função de abrir brechas, servindo apenas para desagregar o anterior mundo político-social tradicional e para abrir caminho à revolução socialista e comunista, cujos expoentes deixaram a retórica dos “imortais princípios” e das “ideias nobres e generosas” aos ingénuos e iludidos.»
Julius Evola, «Homens entre as Ruínas», 1953
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