São 40 mil os brasileiros que se encontram ilegais em Portugal, pelo menos segundo Gustavo Behr, presidente da Casa do Brasil em Portugal.
Números que levaram os imigrantes canarinhos a juntarem-se, hoje, numa concentração à porta do Pavilhão Atlântico, em Lisboa, onde começa a cimeira que junta, em discussão, a União Europeia e o Brasil.
«Queremos alertar para o tema da imigração e consideramos que devia ser alvo de debate na cimeira, já que tem, na Europa, um grande impacto económico», avança Gustavo Behr ao Destak.
Para o dirigente, não é possível ignorar o papel dos imigrantes, «que ajudam à sustentabilidade do sistema de Segurança Social e ainda têm um papel importante em termos demográficos».
Manifestantes recebidos
A chamada de atenção para a questão da regularização dos imigrantes brasileiros na Europa já valeu aos representantes daquela que é a maior comunidade de imigrantes em Portugal o convite para uma reunião, esta manhã, com um dos membros da comitiva brasileira que se deslocou a Portugal.
No entanto, fica por saber se o tema vai ou não ser motivo de debate no decorrer da cimeira ou se será abordado durante os seis meses da Presidência Portuguesa da União Europeia.
Estereótipos marginalizam
De acordo com o estudo Imigração Brasileira em Portugal, apresentado pelo Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural, são cerca de 65 mil os brasileiros que residem legalmente em Portugal.
Revela ainda o mesmo estudo que as imigrantes brasileiras são marginalizadas em Portugal devido ao falso estereótipo que as associa à prostituição. Informação que se junta ao aumento dos casamentos mistos, que passaram de 1292 (em 1996) para quase o triplo (3581) sete anos depois.
http://www.destak.pt/artigos.php?art=1830
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